sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Estranha sensação.
Descompasso. Desencontro.
Às vezes a pessoa chega na hora errada,

às vezes você chega na hora errada para ela.
Às vezes a pessoa chega, entra na sua vida

e sai sem pedir licença ou dizer adeus.
Às vezes é você quem faz isso e não diz porque.
Às vezes a pessoa entra na sua vida, mexe, balança,

desarruma tudo e depois coloca tudo no lugar,

como que para apagar seus rastros.
Às vezes você chega, desarruma tudo

e tem preguiça de arrumar depois.
Às vezes você chega um ano, um mês ou um dia adiantado.
E a outra pessoa um ano, uma vida atrasada.
E às vezes parece que a pessoa chega.

Mas ela finge chegar. Ela na verdade não quer.
E você fica pensando que ela chegou e quer.
Às vezes você pode não querer.

Não é o tempo, não é a hora, não tá legal. E ela chega.
Então vem a bagunça.
E nesse vai e vem do tempo
Será que vive-se?
Será que encontram-se?
Será que permitem?
Às vezes você procura a pessoa como um espelho

e ela não reflete a sua imagem.
Às vezes você procura refletir a imagem dela

mas não consegue, ela fica fora de foco.
Às vezes a pessoa se perde, envereda por caminhos

que não estão na sua direção.
Às vezes você não se encontra em caminho algum.
E nesse vai e vem de rumo
Será que vive-se?
Será que encontram-se?
Será que permitem?
Será que caminham?
Pode ser, mas como?


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